Sobre os excertos de Bigger Than Life (1956) de Nicholas Ray.

« Bigger Than Life » (1956) Nicholas Ray

Ele está a observar-se ao espelho, faz pose, sorri, pega na toalha e põe-na ao pescoço como um lenço, parece que está a imaginar alguma coisa, e quando a mulher aparece ele disfarça.

« Bigger Than Life » (1956) Nicholas Ray

Ele está envolvido numa ilusão e quando o espelho se quebra essa ilusão quebra-se. Ele agarra-se a si próprio, como se ele próprio se tivesse estilhaçado ou para confirmar que não se estilhaçou, com receio de que a imagem que vê refletida no espelho partido seja a imagem de si próprio.

« Bigger Than Life » (1956) Nicholas Ray

No segundo excerto ele evita olhar para o espelho, mas os comprimidos estão atrás do espelho. Até aí o plano não nos mostra o seu reflexo, só quando ele fecha a porta-espelho do armário, muda o plano e vemos ele a confrontar-se com o seu reflexo, a imagem de um homem partido, desfigurado.

« Bigger Than Life » (1956) Nicholas Ray

À propos des extraits de Bigger Than Life (1956) de Nicholas Ray.

« Bigger Than Life » (1956) Nicholas Ray

Il s’observe au miroir, fait des poses, sourit, prend la serviette et la met au cou comme un foulard, il semble qu’il imagine quelque chose, et quand la femme apparaît, il dissimule.

« Bigger Than Life » (1956) Nicholas Ray

Il est envouté dans une illusion et quand le miroir se casse, l’illusion est cassée. Il s’accroche à lui-même, comme s’il s’était brisé ou pour confirmer qu’il ne s’est pas brisé, de peur que l’image qu’il voit reflétée dans le miroir cassé soit l’image de lui-même.

« Bigger Than Life » (1956) Nicholas Ray

Dans le deuxième extrait il evite de se regarder dans le miroir, mais les tablettes se trouvent derrière le miroir. Jusque là le plan ne nous montre pas son reflet, ce n’est que quand il ferme le porte-miroir d’armoire, le plan change et on le voit se confronter à son réflexe, l’image d’un homme cassé, défiguré.

« Bigger Than Life » (1956) Nicholas Ray

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Apresentação da turma do Agrupamento de Escola Manuel Ferreira Patrício.

Présentation de la classe de l’Ensemble des École Manuel Ferreira Patrício.

Nós somos alunos do Agrupamento de Escolas Manuel Ferreira Patrício de Évora. Somos do 8º ano, turma D. A nossa turma é constituída por 13 alunos sendo 4 raparigas e 9 rapazes. Somos oriundos do centro histórico e bairros limítrofes (Senhora da Saúde, Malagueira, Cruz da Picada, Escurinho, Frei Aleixo, Nogueiras, Barraca de Pau, Tapada, Santo António, Santa Maria e Casinha).

Para alem de estarmos na escola gostamos de praticar vários desportos tais como: futebol, badminton, setas, basquetebol…

Nous sommes les élèves de l’ensemble des Écoles Manuel Ferreira Patrício de Évora. Nous somme des élèves de troisième, la classe D. Notre classe est formé par 13 élèves dont 4 filles et 9 garçons. Nous sommes originaires du centre historique de d’Évora et de ses quartiers voisins (Senhora da Saúde, Malagueira, Cruz da Picada, Escurinho, Frei Aleixo, Nogueiras, Barraca de Pau, Tapada, Santo António, Santa Maria e Casinha).

Quand on n’est pas à l’école, on aime faire différents sports comme : le foot, le badminton, les fléchettes, le basket…

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Sobre o excerto de Baiser Volées (1986) de François Truffaut.

À propos de l’extrait de Baiser Volées (1968) de François Truffaut.

Não é uma cena aborrecida, apesar da repetição.
Porque é que ele está a repetir os nomes? Parece que está a cruzar as sonoridades, ver como se misturam. Ver qual dos nomes soa melhor, como se as comparasse. Talvez esteja a tentar tirar peso aos nomes repetindo-os. Talvez esteja a tentar lidar com alguma coisa ligada a esses nomes – como no Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley, 1932)  acontece com o contar a mordidela da cobra. Como se estivesse a tentar desprender-se delas, perder a reação ao nome delas.

« Baisers Volés » (1968) François Truffaut

It’s not a boring scene, despite the repetition.
Why is he repeating the names ? It seems like he’s crossing sonorities, to see how they mix up together. To check out which name sounds better, as if he was comparing them. Maybe he’s trying to take some weight out of the names by repeating them. Maybe he’s trying to deal with something connected to these names – like in Brave New World (Aldous Huxley, 1932) with the counting of the snake bites. It’s as if he was trying to get rid of them, by losing the reaction he has to their names.

« Baisers Volés » (1968) François Truffaut

Ele parece estar em transe, a fixar os olhos no espelho – sem piscar os olhos – e a repetir os nomes sem parar. Parece apanhado por uma obsessão e o contato visual consigo próprio no espelho permite observar-se nisso e ao mesmo tempo estar do lado de fora. Está a confrontar-se consigo próprio, a ver como reage a cada nome das mulheres, e depois repete o seu próprio nome, para voltar a si e tem de deixar de se olhar no espelho. Só quando molha a cara se consegue despegar.

« Baisers Volés » (1968) François Truffaut

It looks like he’s in a trance, fixing his eyes on the mirror – without blinking – and repeating the names non-stop. He seems takes over by an obsession and the eye-contact he keeps with himself through the window allows him to observe himself while being outside of it. He’s confronting himself, to see how he reacts to the name of each woman, he then repeats his own name, to come back to himself and he has to stop looking at himself. It’s only when he washes his face that he manages to let it go.

« Baisers Volés » (1968) François Truffaut
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Sobre o excerto de Taxi Driver (1976) de Martin Scorsese

À propos de l’extrait de Taxi Driver (1976) de Martin Scorsese.

Só no início vemos o homem e o espelho. A partir daí ou vemos o homem ou vemos o seu reflexo. Ele está a praticar em frente ao espelho o que vai fazer, o que vai dizer. É uma cena desconfortável, porque nos sentimos a mais, não é uma coisa feita para os outros verem.

Taxi Driver (1976) Martin Scorsese.

Ce n’est qu’au début qu’on voit l’homme et le miroir. À partir de ce moment on ne voit que l’homme ou son reflet. Il s’entraîne au miroir pour ce qu’il va faire, ce qu’il va dire. C’est une scène inconfortable car on se sent de trop, ce n’est pas un chose faite pour que les outres puissent la voir.

Taxi Driver (1976) Martin Scorsese.

Há um lado ameaçador, não só por causa da arma e do que ele diz, mas porque é meio esquizofrénico, o desdobramento do espelho é o desdobramento da personalidade. Temos a sensação que ele está separado e nós estamos no meio. 

Taxi Driver (1976) Martin Scorsese.

Il y a un côté menaçant, pas seulement à cause de l’arme e de ce qu’il dit, mais parce que c’est un peu schizophréniques, le dédoublement du miroir et le dédoublement de la personnalité. On a la sensation qu’il est séparé et qu’on se trouve au milieu.

Taxi Driver (1976) Martin Scorsese.
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Primeira oficina : o que são os motivos ?

Premier atelier : Qu’est-ce que les motifs ?

« Onde Fica a Casa do Meu Amigo ? » (1987) Abbas Kiarostami

Na primeira oficina fizemos muitas perguntas : Como se distingue um motivo num film ?
O que os faz ser motivos ?

« Onde Fica a Casa do Meu Amigo ? » (1987) Abbas Kiarostami
« Onde Fica a Casa do Meu Amigo ? » (1987) Abbas Kiarostami

Dans le premier atelier on s’est posés beaucoup de questions : Comment on distingue un motif dans un film ? Qu’est ce qui le rend un motif ?

« Onde Fica a Casa do Meu Amigo ? » (1987) Abbas Kiarostami

Para encontrar a resposta, começamos por ver a árvore como motivo cinematográficos a través de excertos de dois filmes de Abbas Kiarostami : « Onde Fica a Casa do Meu Amigo ? »(1987) e « E a Vida Continua » (1992).

 » E a Vida Continua » (1992) Abbas Kiarostami
« Onde Fica a Casa do Meu Amigo ? » (1987) Abbas Kiarostami

Pour trouver la réponse, on a commencé par voir l’arbre comme motif cinématographique à travers d’extraits de deux films de Abbas Kiarostami : « Oú Se Trouve la Maison de Mon Ami ? »(1987) e « Et la Vie Continue » (1992).

 » E a Vida Continua » (1992) Abbas Kiarostami
 » E a Vida Continua » (1992) Abbas Kiarostami

Vimos também o filme « Telma, Amanhã » (2005) da Anna da Palma e observamos os motivos principais do filme : o caderno de Telma, o banho de banheira e o side-car.

« Telma, Demain » (2005) Anna da Palma
« Telma, Demain » (2005) Anna da Palma
« Telma, Demain » (2005) Anna da Palma
« Telma, Demain » (2005) Anna da Palma
« Telma, Demain » (2005) Anna da Palma

On a vu aussi le moyen-métrage « Telma, Demain » (2005) de Anna da Palma et on a observé les motifs principaux du film : le cahier de Telma, le bain dans la baignoire et le side-car.

« Telma, Demain » (2005) Anna da Palma
« Telma, Demain » (2005) Anna da Palma
« Telma, Demain » (2005) Anna da Palma
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Le Pain et la rue

Nous avons travaillé sur plusieurs films d’Abbas Kiaorostami, et sur le motif des arbres dans ses films. Mais une question est apparue : parfois, il est difficile de faire la différence entre un décor et un motif… Pour Le Pain et la rue, les rues étroites sont un décor mais aussi un motif…

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Présentation de la classe de CM2 de l’école Gilbert del Corso à Fos-sur-Mer

Bonjour à tous,

Voici quelques nouvelles de l’atelier de Fos-sur-Mer. Il se passe dans une classe de CM2, de 29 élèves, qui ont commencé à travailler il y a quelques mois sur les motifs. Avant de commencer à faire des prises de vue, nous avons d’abord travaillé à partir de dessins : chacun a dessiné des objets familiers, en réfléchissant aux notions de couleurs, de texture etc. et à ce qui fait que nous aimons tel ou tel objet.

Voici quelques uns de nos dessins pour nous aider à nous présenter !

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Exercício 2. Escolha e combinação de motivos

Exercice 2. Choix et combination de motifs

Filmamos em pequenos grupos três cenas que tínhamos preparado, cada uma com um motivo diferente. Escolhemos como motivos : a Árvore, a Fonte, a Janela e as Escadas.

Nous avons filmé en petits groupes trois scènes que nous avions préparé, chacun avec un motif diffèrent. Nous avons choisi comme motifs : l’Arbre, la Fontaine, la Fenêtre et les Escaliers.

«Onde Fica a Casa do Meu Amigo ?» (1987) Abbas Kiarostami
«Onde Fica a Casa do Meu Amigo ?» (1987) Abbas Kiarostami
« All That Heaven Allows » (1955) Douglas Sirk
« All That Heaven Allows » (1955) Douglas Sirk
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Primeiro exercício : Um motivo para o meu filme.

Premier exercice : Un motif pour mon film.

Catarina Duarte
« All That Heaven Allows » (1955) Douglas Sirk
David
« All That Heaven Allows » (1955) Douglas Sirk
David
« All That Heaven Allows » (1955) Douglas Sirk
Mariana
«Onde Fica a Casa do Meu Amigo ?» (1987) Abbas Kiarostami
Mariana
«Onde Fica a Casa do Meu Amigo ?» (1987) Abbas Kiarostami
Matilde Ramos
«Onde Fica a Casa do Meu Amigo ?» (1987) Abbas Kiarostami
Matilde Ramos
«Onde Fica a Casa do Meu Amigo ?» (1987) Abbas Kiarostami
Maria Franco
Maria Franco
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O motivo da pintura até o cinema.

Le motif de la peinture jusqu’au cinéma.

Intérieur, bocal de poissons rouges ; 1914, Henri Matisse

« Um motivo é a maneira que o artista tem de trabalhar algo da realidade com os seus meios artísticos. » – Alain Bergala

Les Poissons Rouges, 1911, Henri Matisse

« Un motif c’est comment l’artiste travaille quelque chose qui vient du réel avec ses moyens artistiques. » – Alain Bergala

Le Chat aux Poissons Rouges, 1914, Henri Matisse

Les Poissons Rouges, Henri Matisse

Vimos juntos excertos do filme « Tudo o Que o Céu Permite » (1955) de Douglas Kirk, onde analisámos a sua maneira de trabalhar a Árvore e a Janela.

All That Heaven Allows, 1955, Douglas Sirk
All That Heaven Allows, 1955, Douglas Sirk
All That Heaven Allows, 1955, Douglas Sirk

On a vu ensemble des extraits de « Tout Ce Que Le Ciel Permet » (1955) de Douglas Sirk, où on a pu analyser sa façon de travailler l’Arbre et la Fenêtre.

All That Heaven Allows, 1955, Douglas Sirk
All That Heaven Allows, 1955, Douglas Sirk
All That Heaven Allows, 1955, Douglas Sirk
All That Heaven Allows, 1955, Douglas Sirk
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